Rabino será primeiro não-católico em sínodo no Vaticano
Um rabino de Israel, o rabino Shear-Yashuv Cohen, será o primeiro não-cristão a discursar em um sínodo da Igreja Católica.
O rabino foi convidado a falar sobre a interpretação judaica das Escrituras, das partes que são lidas por cristãos e judeus.
Cohen vem de uma família que, há 18 gerações, conta com rabinos e estudiosos da Bíblia e é o Grande Rabino de Haifa, em Israel.
Segundo o correspondente da BBC para assuntos religiosos Christopher Landau, Cohen afirmou que seu convite para o sínodo é "um sinal de esperança" no relacionamento entre as duas religiões.
Bispos do mundo todo estão reunidos em Roma para o sínodo, que reúne mais de 200 cardeais e bispos de todo o mundo e é realizado a cada três anos. O encontro de três semanas deste ano foi iniciado com uma missa celebrada pelo papa Bento 16 na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, no domingo.
Velho Testamento
Cohen vai liderar as reflexões a respeito de como os judeus usam suas Escrituras, que os cristãos chamam de Velho Testamento.
O rabino reconheceu que alguns judeus encaram a possibilidade de diálogo com cristãos com desconfiança.
Mas, segundo Landau, Cohen afirmou que pretende promover o respeito e a coexistência, acrescentando que o judaísmo é o "irmão mais velho" do cristianismo.
O convite para a participação do rabino ocorre em um momento em que o Vaticano dá um novo impulso às suas relações com outras religiões.
Em novembro, o papa Bento 16 vai realizar uma reunião inédita em Roma com estudiosos islâmicos.
Globo
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